terça-feira, 17 de novembro de 2009

O caminho

Para onde rumar quando as estradas estão fechadas? O que fazer quando os movimentos parecem presos? Como pensar quando o vazio invade a mente!? Pergunto-me...
Quando não se tem o que se julgou por adquirido, quando tudo o que em sempre se acreditou subitamente e sem explicação deixa de fazer sentido, quando nada mais é característica a não ser o adjectivo "perdido".
Quando as fachadas se tornam insuportáveis, o banal e adquirido deixa de ser suficiente, e a neblina é o único vestígio do que foi em tempos uma luz no infinito.

O pensamento esgotado em busca da improvável saída, a alma desarmada perante tão forte adversário e o corpo acorrentado a uma dura realidade.

Vida existe porém, apesar de ofuscada nunca desapareceu, nem se sentiu atraída pelo chamamento da cobardia. E assim continuará, fosca e imóvel, na expectativa do que sempre tomou por certo - na faísca despontadora, na ressurreição dos sentidos e na peça que lhe falta para que não mais trajectos sombrios sejam cruzados, para que o verdadeiro caminho seja finalmente revelado...
Até lá suplico, fodam-me o corpo mas não a alma!!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Cidade do Pecado

Vagueio por entres lembranças do passado na esperança de me encontrar. seres de outro planeta e ambientes psicadélicos são tudo o que me rodeia e a serenidade ameaça escapar em cada passo que dou, não desisto porém e até à última gota de suor será minha a derradeira palavra a ser proferida.
Já voei sem sair do lugar até destinos longínquos, já agi sem pensar, já fui onde o pensamento se desvanece em alucinações mas nunca tentei regressar...
Como é possível? Pergunto-me. Ter os pés assentes no chão e as ideias no lugar, no meio de tantas utopias? Caricata pergunta para improvável resposta, que permanecerá da mesma forma até que as origens sejam restabelecidas.
Rodeado por ideias contraditórias que me trazem a saudade do lugar mas também vontade de querer ficar, talvez por medo, talvez por ser uma realidade demasiado dura ou simplesmente por não ter nada a que me agarrar.
Ideias trocadas, palavras confusas e uma irónica vontade de sorrir são tudo o que me resta desta cidade do pecado...