terça-feira, 17 de novembro de 2009

O caminho

Para onde rumar quando as estradas estão fechadas? O que fazer quando os movimentos parecem presos? Como pensar quando o vazio invade a mente!? Pergunto-me...
Quando não se tem o que se julgou por adquirido, quando tudo o que em sempre se acreditou subitamente e sem explicação deixa de fazer sentido, quando nada mais é característica a não ser o adjectivo "perdido".
Quando as fachadas se tornam insuportáveis, o banal e adquirido deixa de ser suficiente, e a neblina é o único vestígio do que foi em tempos uma luz no infinito.

O pensamento esgotado em busca da improvável saída, a alma desarmada perante tão forte adversário e o corpo acorrentado a uma dura realidade.

Vida existe porém, apesar de ofuscada nunca desapareceu, nem se sentiu atraída pelo chamamento da cobardia. E assim continuará, fosca e imóvel, na expectativa do que sempre tomou por certo - na faísca despontadora, na ressurreição dos sentidos e na peça que lhe falta para que não mais trajectos sombrios sejam cruzados, para que o verdadeiro caminho seja finalmente revelado...
Até lá suplico, fodam-me o corpo mas não a alma!!